O nosso viver é parecido com um jogo de xadrez; onde cada movimento é levado em consideração, e todas as peças do tabuleiro são extremamente importantes, cada qual na sua função. O jogo não pode ser perfeito quando se está faltando uma peça.
É lamentável que existam pessoas que não conseguem conviver em paz com o seu semelhante, e passam o tempo todo acusando e criticando, como se ela própria não estivesse sujeita às mesmas falhas. Na verdade, não cometemos todos os mesmos deslizes, mas todos cometemos erros, e temos também muitas franquezas.
Não somos perfeitos... ninguém o é! Temos virtudes e defeitos. E, o que importa é que cada um saiba conviver com o seu semelhante, com harmonia e respeito, ajudando-o em suas fraquezas, orando para que ele não caia em tentação; e, se este já estiver preso na armadilha do inimigo, temos também a autoridade para libertá-lo.
Devemos conviver com os "irmãos", tendo igual cuidado uns dos outros, porque todos nós somos o corpo de Cristo, e seus membros em particular:
"Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular." (1 Coríntios 12:25-27)
"Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada (...)" (Romanos 12:4-6)
Conta-se que em uma marcenaria as ferramentas se desentenderam umas com as outras. Um martelo ocupava a presidência da casa, mas todos queriam a sua renúncia, porque fazia muito barulho e além do mais, passava o tempo todo "aplicando golpes".
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo...
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez pediu a expulsão da lixa:
- Ela é muito áspera, dizia ele, para lidar com os demais. Está sempre entrando em atrito!
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se ele fora o único perfeito.
Neste momento entrou o marceneiro, ajuntou todos e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. E quando a marcenaria ficou novamente sem ninguém, as ferramentas reativaram a discussão...
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
_ Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o marceneiro trabalha com nossas qualidades, ressaltando nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes!
Então a assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limpar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade e uma grande alegria tomou conta de todos pela oportunidade de trabalhar juntos.
O mesmo ocorre entre os seres humanos. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa.
Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos nos outros, isso qualquer um consegue fazer; mas encontrar qualidades... isto é somente para os sábios!
Deus te abençoe!